Plantão exclusivamente feminino se espalha para outras unidades do CBMMG

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No mês da mulher, para muito além de flores e celebrações, é fundamental que ocorram as reflexões sobre os desafios enfrentados diariamente pelas mulheres em todo o mundo.

Certamente, nessa reflexão, constatar-se-á que ainda há muito a ser percorrido, mas também é imprescindível reconhecer o progresso realizado graças ao esforço de mulheres pioneiras, que desbravaram tantos campos antes restritos somente aos homens.

No CBMMG, a entrada das mulheres ocorreu a partir de 1993, inaugurando um tempo de maior equidade, isonomia e principalmente de desenvolvimento de um ambiente bombeiro militar mais plural e democrático.

Nesse sentido, como reconhecimento aos desafios enfrentados e superados diariamente pelas bombeiras militares, algumas unidades do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) lançam nas ruas, nesta terça-feira (8), guarnições de atendimento operacional formadas apenas por mulheres.

Acostumada a ver guarnições mistas ou totalmente formadas por homens, a população ainda se surpreende ao se deparar apenas com bombeiras nas viaturas, que com eficiência e desembaraço mostram, definitivamente, que lugar de mulher é onde ela quiser.

A ação de amanhã surge como lembrete da permanente necessidade da quebra de paradigmas e da promoção da valorização da força feminina no ambiente profissional e da preocupação do CBMMG em contribuir nesse esforço.

Desbravadoras

Há quase 30 anos, surgiu a primeira turma de mulheres bombeiras militares. A chamada para o concurso previa 80 vagas e dentre outras coisas, listava “idoneidade moral e político-social, ser solteira”, entrevista junto a familiares e vizinhos, e, claro, teste físico.

Essas bravas guerreiras passaram pelo mesmo treinamento que os bombeiros da época: natação, salvamento aquático, terrestre, de altura, mergulho, ordem unida, educação física, incêndio e muito mais. Durante 9 meses de preparação em curso, elas foram submetidas às mais exigentes provas, testes de força, de resistência e de técnica.
Afinal, são situações naturais da atividade.

Assim, em dezembro de 1993, as 67 primeiras soldados ingressaram no Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Esse ingresso teve grande influência do contexto da democratização e humanização da nova Constituição. E junto desse cenário, no caso mineiro, a inauguração do Sistema Resgate em janeiro de 1994, o início da atividade de atendimento pré-hospitalar abriu portas à figura feminina dentre os demais combatentes do fogo.

Desafiadoras

Submetidas a treinamentos comuns, em que técnica, força e qualidade precisam estar alinhadas, elas se tornam aptas a desempenharem as mesmas atividades desenvolvidas pelos colegas, como foi o caso da Cabo Carolina, enviada na missão de apoio em Petrópolis, primeira mulher a compor uma equipe de especialistas.

Por tudo isso, partiu delas a iniciativa de dedicar um dia ao atendimento nas ruas com o fim de reduzir o preconceito interno e externo. Ideia que neste ano foi ampliada para o 1º e 3º Batalhões, em Belo Horizonte, e no 7º Batalhão de Bombeiros Militar em Montes Claros.

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