Índice de inadimplência aumenta 9,3% em BH e atinge principalmente os jovens

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População de 18 a 29 anos é a mais endividada na capital, segundo levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)

O índice de inadimplência dos moradores de Belo Horizonte aumentou 9,3% em um ano e, hoje, atinge especialmente os jovens de 18 a 29 anos, segundo levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), divulgado nesta quinta-feira (8). O salto foi registrado pela entidade entre julho de 2021 e o mesmo período de 2022, após o período de renegociações de prazos de pagamentos durante a pandemia e com a alta da taxa de juros que encarece o crédito.

Os jovens são, hoje, dois a cada cinco inadimplentes na capital, a maior parte das pessoas que não conseguem pagar as dívidas em dia. Os mais idosos, de 65 a 94 anos, correspondem a pouco menos de 20%, ou um a cada cinco inadimplentes. O tempo médio de atraso dos pagamentos é de 90 dias.

“O uso excessivo do cartão de crédito ainda é o principal motivo das dívidas entre os jovens. Muitos utilizam esse recurso para pagar despesas básicas. Com a taxa de juros elevada, o crédito mais caro e a média salarial mais baixa, o poder de pagamento está deteriorado”, detalha a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Ela reforça que mudanças no cenário econômico impulsionaram o cenário de aumento da inadimplência. “O último ano foi marcado pelo auxílio emergencial e pelo maior prazo dos credores para pagamento das dívidas. Neste ano, essas ações foram suspensas e, com a inflação em alta, constante elevação nos preços dos bens de primeira necessidade e uma média salarial mais baixa, a renda dos trabalhadores não tem sido suficiente para honrar com os compromissos financeiros”, pontua.

A alta na inadimplência dos belo-horizontinos segue uma tendência nacional. Em agosto, a inadimplência alcançou 29,6% do total de famílias no país, sendo o maior patamar desde o começo da série histórica em 2010, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Fonte : O tempo

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