Cartão de vacinas: um aliado no enfrentamento a doenças infectocontagiosas

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Cartão de vacinas: um aliado no enfrentamento a doenças infectocontagiosas

Documento, distribuído gratuitamente nos postos de saúde, registra o histórico vacinal do usuário e permite ao estado monitorar o nível de imunização das pessoas

O cartão de vacinas é um documento com dupla função: permitir ao usuário do SUS saber quais vacinas já tomou e, ao mesmo tempo, possibilitar ao Estado acompanhar o nível de imunização das pessoas. Por isso, essa ferramenta, criada em 1977, é fundamental para o enfrentamento a surtos e epidemias de doenças que já contam com vacinas disponíveis no calendário de rotina. 

Clique aqui e confira as vacinas do calendário de rotina do SUS.

A fisioterapeuta Camila Caldas, mãe da Helena, de 7 anos, faz questão de manter o cartão da filha em dia. “Como o horário de funcionamento do posto de saúde coincide com o meu horário de trabalho, eu sempre fico atenta aos dias de campanha, para aproveitar o sábado e atualizar o cartão dela”, afirma. 

Cartão de vacinas MG 

Para reforçar a conscientização dos mineiros quanto à importância do cartão de vacinas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) criou uma nova versão do documento, que agora encontra-se disponível na cor lilás, para as meninas, e na cor verde, para os meninos. 

Essa diferença é necessária, pois a curva de crescimento (peso/idade) é diferente entre meninas e meninos. 

A pediatra do Hospital Infantil João Paulo II, Daniela Otoni, explica que esses registros gráficos longitudinais são essenciais para avaliar o crescimento e desenvolvimento da criança. “Existem percentuais dentre os quais a criança deve manter seu crescimento ao longo do tempo. Dessa forma, por meio dessas informações, podemos identificar precocemente alterações como baixo ganho de peso, baixa estatura e obesidade. Por isso, é essencial que essas medidas sejam mensuradas e anotadas em toda consulta com o pediatra”, explica. 

 Já a coordenadora Estadual de Imunizações, Josianne Gusmão, destaca que a nova versão do documento também traz a atualização do quadro de vacinas, que agora é organizado por cores. “Isso melhora a visualização e a otimização do atendimento nas salas de vacinação em todo o estado, além de facilitar o entendimento do avanço cronológico da imunização da criança”, destaca. 

Intervalos e datas de retorno 

É importante atentar também para os intervalos recomendados entre vacinas que demandem mais de uma dose no esquema de vacinação. De acordo com Daniela Otoni, a orientação é de que seja respeitado o intervalo recomendado pelo profissional responsável, que por sua vez, segue as recomendações do Programa Nacional de Imunização (PNI). 

“Para que a vacinação seja de fato eficaz é essencial administrar o esquema completo na data prevista. O atraso na aplicação das doses de reforço aumenta a vulnerabilidade da criança e o risco de desenvolver a doenças”, explica a pediatra Daniela Otoni. 

 A mãe da Helena pontua, ainda, que esse cuidado das equipes de saúde, ao anotar no cartão as datas de doses de reforço da filha, é fundamental para que ela possa se organizar quanto aos retornos. “Eu sempre consulto o cartão de vacinas para checar a proximidade dessas datas”, afirma Camila. 

Preserve seu cartão 

A nova versão do documento, disponibilizada para crianças de até 9 anos de idade, já foi distribuída para todas as Unidades Regionais de Saúde (que enviarão para os municípios mineiros) e também para as maternidades administradas pelo estado, para que o cartão acompanhe a criança desde o primeiro registro de vacinação.  

Dessa forma, os responsáveis de crianças nessa faixa etária, que ainda não tenham uma caderneta, poderão receber gratuitamente o documento nas Unidades Básicas de Saúde do estado ou, ainda, nas maternidades da Rede Fhemig.   

Assim como todo documento, o cartão de vacinação (com todo o histórico vacinal da criança) deve ser guardado e preservado ao longo da vida. “Saber que a minha filha está protegida de várias doenças graves, como sarampo, caxumba, meningite, poliomielite e, agora também a covid, traz uma tranquilidade enorme”, destaca a mãe da pequena Helena. 

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