Especialista faz alerta sobre os riscos da automedicação

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Antitérmicos e relaxantes musculares estão entre os mais usados indevidamente 

Estudo realizado em maio de 2021, pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) indicou que, durante a pandemia, os brasileiros passaram a se automedicar com mais frequência. Uma pesquisa anterior do mesmo órgão já havia apontado que 77% dos brasileiros que usam remédios o fazem sem prescrição médica, sendo que quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês e um quarto (25%), todo dia ou pelo menos uma vez por semana.

A busca por uma forma de alívio imediato de alguns sintomas pode trazer riscos à saúde. A professora do curso de Farmácia da Faculdade Pitágoras de Poços de Caldas, Maria de Fátima Lino Coelho, faz o alerta. “A automedicação pode causar o agravamento da doença, pois o uso inadequado de medicamentos interfere no diagnóstico correto, além da possibilidade de reações alérgicas, intoxicação e resistência aos remédios”, explica.

A especialista destaca que apesar das medidas legais como a exigência e retenção de receita médica para coibir o uso dos antibióticos sem prescrição, a população tem substituído esses remédios por anti-inflamatórios. “Por ser mais fácil o acesso a esse tipo de medicamento, as pessoas têm o entendimento que eles são seguros e podem ser usados sem preocupação, o que não é verdade. Como qualquer medicamento, seu uso contínuo e indiscriminado pode trazer riscos à saúde, como intoxicação, interação medicamentosa em anti-hipertensivos e antiácidos”, pontua.

Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas apontam que a maioria dos casos de intoxicação registrados no Brasil é proveniente de medicamentos. Antitérmicos, relaxantes musculares e medicamentos que atuam no sistema nervoso central estão entre os mais usados indevidamente. A especialista destaca que, durante a pandemia, houve também aumento no consumo de medicamentos isentos de prescrição, os MIPs. “Com a pandemia da Covid-19, a população com receio de ir aos consultórios e se infectar, passou a recorrer às ‘farmacinhas’ caseiras e medicamentos como coquetéis vitamínicos, vitamina C, D, suplementos de zinco, dipirona sódica, paracetamol, passaram a ter uma grande procura nas drogarias e farmácias pela população”, explica Maria de Fátima.

A professora ressalta a importância de se fazer o uso da medicação de forma correta e respeitando o tratamento. “O medicamento é essencial e deve ser utilizado de forma adequada, pois o objetivo é tratar uma doença. Assim, o farmacêutico tem como parte de seus deveres sociais, contribuir para a redução do uso inadequado de medicamentos e colaborar com a transmissão de informações sobre a administração, aumento da incidência de efeitos adversos, entre outros”, finaliza.

Sobre a Faculdade Pitágoras

Fundada em 2000, a Faculdade Pitágoras já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação, extensão e ensino técnico, presenciais ou a distância. 

Presente nos estados de Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Ceará, Pará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Acre, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Paraná e São Paulo, a Faculdade Pitágoras presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Faculdade Pitágoras oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.  

A Faculdade Pitágoras nasceu herdando a tradição e o ensino de qualidade oferecido pelo Colégio Pitágoras, fundado em 1966, que também deu origem ao grupo Kroton. Para mais informações, acesse o site. 

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