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Histórias inspiradoras marcam trajetória de mulheres que atuam no Governo de Minas

Valorização e ampliação da presença de lideranças femininas é uma das prioridades na atual gestão

O Dia Internacional da Mulher (8/3), oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, remete ao início do século 20, no contexto de diversos protestos por melhores condições de trabalho e direitos. Desde então, a data é um marco para permanentemente dar visibilidade às lutas e destacar conquistas femininas.

Atualmente, em Minas Gerais, a valorização e ampliação da participação feminina em cargos de liderança é uma das prioridades da gestão estadual. Em diversos setores, em cargos de liderança ou não, as mulheres fazem a diferença e garantem resultados de qualidade.

Conheça, a seguir, histórias e relatos de algumas mulheres inspiradoras que contribuem para que o Governo de Minas leve os melhores serviços, respostas e atendimentos aos mineiros. Elas falam sobre realizações, impacto positivo, protagonismo e reconhecimento.

“Não somos menos”

Elciane Maria Diniz, telefonista da Farmácia de Minas de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é servidora pública efetiva há 29 anos na Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Na atual função, ela informa sobre os medicamentos que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Acho que meu trabalho é importante sim. Tem muita gente que não tem acesso a tanta tecnologia e ainda precisa da fala”, explica.

Elciane é mãe solo e deficiente visual. “Mesmo desempenhando meu trabalho da melhor forma possível, eu não me acho guerreira, e sim uma sobrevivente no SUS. Sou mulher, não devemos pensar que somos menos, sempre devemos nos considerar iguais, mesmo com tanta dificuldade”, disse Elciane.

“Espero ser um exemplo”

Mãe de dois filhos adolescentes, Adriana de Oliveira atua no Estado há 22 anos, e atua na Controladoria Setorial da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG). No trabalho, ela auxilia os gestores na tomada de decisões, além de contribuir para a melhoria e a fiscalização dos processos.

Adriana observa que é a única mulher negra do setor. “Isso me motiva e me desafia a permanecer aqui por todo este tempo, e não me sinto diminuída por isso. Além de gostar do meu trabalho, o respeito dos colegas que sempre me apoiam também me ajuda a crescer. Espero ser um exemplo para outras mulheres e um incentivo para as gerações futuras, que não podem desanimar e jamais se sentir inferiores”, aconselha.

“Tenham coragem e ousadia”

Ligia Amadio, uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade, se destacou internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Ela é a primeira mulher a atuar como regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG).

Sua atuação se estende pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, destacam-se o Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018), Prêmio Alumni USP (2022).

“Como em todas as orquestras onde já trabalhei anteriormente, sou a primeira mulher a ocupar tão honroso cargo. Eu acho isso muito importante porque abre portas para outras mulheres que também queiram exercer esta profissão. Então, é muito importante que vocês tenham coragem, tenham a ousadia de tentar ser aquilo que vocês querem. Quero inspirar todas vocês a realizar os seus sonhos”, diz a maestrina.

“Responsabilidade”

Ana Luísa Silva Falcão é subsecretária de Gestão Administrativa, Logística e Tecnologia (Sulot) da Secretaria de Estado Justiça e Segurança Pública (Sejusp). “O trabalho na segurança pública é um desafio diário. Além das dificuldades próprias da atividade pública, lidamos ainda com políticas que atuam nas mais diversas frentes necessárias à garantia da sensação de segurança da população: desde a proteção da juventude, a prevenção comunitária e a proteção da mulher, perpassando a integração efetiva das forças de segurança, o atendimento do adolescente autor de ato infracional e, em última instância, a segurança e a ressocialização dos indivíduos privados de liberdade”, comenta Ana Luísa.

Para a subsecretária, as múltiplas atuações e desafios também proporcionam uma experiência que é engrandecedora todos os dias. “As dificuldades são suplantadas por uma equipe incrível e dedicada. E ainda, como mulher, eu e tantas outras servidoras públicas também estamos atentas a essa responsabilidade. Por aqui somamos o trabalho desafiador ao dever de melhorar as condições de trabalho, as oportunidades e a rotina de cada uma das mulheres que se envolvem na nossa política pública, sejam do lado do poder público, sejam parte do nosso público alvo. Mas no fim da grande maioria dos dias – porque nada é perfeito, a sensação é de ter contribuído, nem que seja um pouquinho, para melhorar a vida das pessoas”.

“Orgulho”

O dia 23 de fevereiro de 2023 tornou-se histórico para a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), para o Comando de Aviação do Estado (Comave) e para a mulher policial militar dentro da instituição. A primeiro-tenente Gabriela Emília Soares Lacerda Resende tornou-se a primeira mulher na PM mineira habilitada a pilotar aeronave de asa fixa. A militar ingressou na corporação em fevereiro de 2017 e declarada oficial em 2019. Como piloto de asas fixas, a oficial desempenhará diversas atividades dentro do conceito de multimissão do Comave, como transporte de órgãos vitais para transplante, transporte aeromédico, de urnas, de tropa especializada e de autoridades, monitoramento ambiental, combate a incêndios, de vacinas como foi no período inicial da pandemia do covid-19, transporte de provas para concursos públicos, entre outras.

A tenente esclarece que escolheu a carreira de policial militar pela nobreza da missão. Desde quando cursava a faculdade de Direito, já sabia que queria servir à segurança pública. Ela diz que escolheu ser oficial da PMMG pelos valores da instituição, pela seriedade e profissionalismo com que a corporação presta o serviço à sociedade mineira.


“Ser piloto de avião era um sonho distante, mas a PMMG me possibilitou realizar esse sonho. Prestei um concurso interno, amparado por um edital específico. Eram apenas duas vagas, mas passei pelas etapas de prova teórica, de avaliação médica e psicológica e hoje me orgulho em iniciar essa história seguindo os passos de outras comandantes de aeronaves militares”, frisou a nova piloto de avião do Esquadrão de Asa Fixa da PMMG.

“Protagonismo”

A tenente-coronel Amanda Cristina Miranda é comandante do 10º Batalhão de Bombeiros Militar de Minas Gerais, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Ela está no serviço efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) há 23 anos, quatro no comando do batalhão.

“Essa data reforça a luta por igualdade de direitos e a importância de afiançar paridade de gênero nas empresas, nos órgãos, nas instituições e em qualquer lugar. E estou aqui para demonstrar que isso está presente em nosso estado. E assim como eu, várias outras mulheres estão em cargos preponderantemente masculinos, o que reforça o protagonismo que a mulher vem assumindo”, destaca a militar.

“Manifesto aqui toda a minha admiração às mulheres competentes, dedicadas e que colaboram, com esforço, comprometimento, profissionalismo e excelência, para a qualidade na prestação de serviços à sociedade mineira, em especial, às nossas bombeiras militares”, enfatiza.

“Somos força e sensibilidade”

Justiça, enquanto valor, princípio ético e moral sempre estiveram presentes na vida da escrivã de Polícia Ana Carolina Campos. Durante a graduação em Direito, a mineira de Divinópolis se apaixonou pela Justiça Criminal e logo buscou atuar na área. Formou-se aos 22 anos e se especializou em Direito Penal e Processo Penal, quando também estagiou no Ministério Público. Ao exercer advocacia, não foi diferente, atuou em causas criminais. Prestou concurso público para a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em 2018, impulsionada também pelo orgulho que sente pelo avô, Jésum Antônio de Assis, que foi médico-legista na instituição.

Hoje, cursando o quarto período da faculdade de Psicologia, Ana se sente uma mulher realizada. “Encontrei o meu lugar aqui na PCMG. A cada pessoa atendida, a cada parte ouvida, a cada procedimento movimentado com cuidado, detalhe, empatia e zelo, concretizo a minha missão: ajudar a transformar a vida de pessoas e contribuir para que, por meio das investigações policiais, a justiça seja efetivamente alcançada para todos”, diz.

Para a policial civil, é motivador ver outras mulheres, cada qual com suas particularidades e qualidades, nos lugares em que desejam ou batalham tanto. “Me motiva a querer evoluir cada vez mais e a ser fonte de inspiração também. Mesmo sem saber, as mulheres da Polícia Civil inspiram, diariamente, várias outras a também perseguirem seus sonhos. Que neste dia, nós possamos nos orgulhar da nossa camisa, do nosso lugar, da nossa carreira. Nós somos a força e a sensibilidade desta instituição”, finaliza.

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