Passada a Semana Santa, a política volta à sua agitação. Mas, antes, permitam-me fazer uma pequena analogia. Assim como na condenação de Jesus alguns pediram para o crucificasse e Pilatos lavou suas mãos, na política não é muito diferente.
Semana passada foi de forte agitação na política de Pedro Leopoldo em função da votação que decidiria se a Câmara abriria ou não investigação contra a prefeita Eloísa Helena, sob a acusação de ter nomeado seu marido que está impedido pela Justiça Eleitoral de assumir cargos públicos. No fim da história, o Legislativo, que tem como atribuição fiscalizar o Poder Executivo, acabou não autorizando o processo. Uns poucos pediram investigação e no fim acabaram fazendo como Pilatos e lavaram as mãos sobre o assunto.
A grande verdade é que os agentes públicos de Pedro Leopoldo têm dois caminhos: fazer o que agrada ou fazer o que deve ser feito. Talvez, a escolha dos vereadores tenha sido mais ao que agrada ao Poder Executivo da cidade. Vale ressaltar que, a nomeação de Ângelo Tadeu, ainda que seja ou que fosse legal, não é moral e, quando alguns falam que a prefeita sofre preconceito por ser mulher no poder só cabe pensar que o preconceito vem de achar que ela precisa do marido, que é ex-prefeito da cidade, para tomar as decisões importantes.
Enfim, a cidade passou por esse momento de calvário e a gente espera o momento da ressurreição de valores, de nacionalismo e de empoderamento, de autonomia dos poderes para decidirem, investigarem e agirem de forma séria e contundente dentro das suas autonomias e suas atribuições.
Carlos Vieira
Comentarista Político – Rádio PLFM
Instagram: @reportercarlosvieira
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