O Brasil tem um problema de oferta e demanda. Há tempos o país vive a polarização política, o que se acentuou nos últimos anos. Diante disso, é comum que muita gente esteja de “saco cheio”. Sendo assim, há uma grande demanda para a chamada terceira via, ou seja, aqueles que não querem nem Lula nem Bolsonaro. Porém, isso vira demanda sem oferta, já que a terceira via não tem um nome de grande expressão ou de destaque, o que faz crescer o número de indecisos e de abstenções.
É importante ressaltar que a eleição está muito longe de ser decidida. Com a saída de Sérgio Moro da disputa, as intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro cresceram, o que mexe com os ânimos políticos. Agora, os partidos perceberam (talvez tarde demais) que precisam unir forças em torno de único nome. Para isso, um jantar seria realizado nesta segunda-feira (25) em São Paulo, mas acabou sendo adiado para contar com mais presenças na reunião. O intuito seria discutir sobre um nome único para as principais legendas como PSDB, MDB e União Brasil.
Em Minas, o Governador Romeu Zema (Novo) que sofreu tentativas de enfraquecimento por parte de deputados, acabou saindo ainda mais forte da polêmica dos reajustes dos servidores. O Estado ofereceu o reajuste de 10,6%, os deputados aprovaram um aumento de até 33% que o Estado não pode pagar porque segue em recuperação fiscal, mas Zema venceu com a decisão do Supremo Tribunal Federal que deferiu o pedido do governador e vetou o reajuste. Vale lembrar que a greve dos servidores foi uma greve política, já que o sindicato é ligado ao PT que pretende se aliar a Alexandre Kalil na disputa ao Governo de Minas e uma greve tentaria desestabilizar o atual governador que vem lutando pela recuperação fiscal depois do desastroso governo de Fernando Pimentel (PT).
A semana segue com a expectativa de novas articulações entre os partidos para as disputas das eleições.
Carlos Vieira
Comentarista Político Rádio PLFM
Instagram: @reportercarlosvieira
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