Alunos de 17 regionais de ensino aprenderam as profissões de cumim e embalador e estão aptos a buscar vaga no mercado de trabalho
Escolas de Educação Especial da rede estadual de ensino de Minas Gerais estão em festa de novembro a dezembro. Isto porque já estão ocorrendo as formaturas dos cerca de 430 estudantes dos cursos profissionalizantes de Formação Inicial e Continuada (FIC) de cumim e embalador, oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Essas são as primeiras turmas de FIC a se formarem na Educação Especial.
Atualmente, os cursos de cumim e embalador estão inseridos no âmbito do projeto Novos Caminhos. Ao todo, são 17 Superintendências Regionais de Ensino do estado disponibilizam as formações. Os cursos de cumim e embalador têm o objetivo de promover a autonomia e o protagonismo dos estudantes, trazendo a oportunidade de emprego para esses jovens. Todos os cursos contam com professores e demais profissionais experientes no trato das especificidades de cada demanda e buscam práticas pedagógicas específicas para garantir a oportunidade de empregabilidade e uma formação profissional de qualidade para este público.
Com o programa, a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) tem conseguido ampliar as oportunidades de capacitação de trabalhadores e estudantes, a fim de aumentar as possibilidades de entrada no mercado de trabalho. “Na educação especial, houve um olhar diferenciado, com o objetivo de promover oportunidades mais pertinentes para que eles consigam construir o futuro de forma autônoma e o protagonismo dentro de suas especificidades”, ressaltou o coordenador adjunto do Pronatec na SEE/MG, Thalles de Melo.
Autonomia
Para os professores que lecionam nos cursos, a satisfação tem sido enorme. “Tenho como principal objetivo introduzir aos estudantes no rico universo das técnicas de serviços, proporcionadas pela profissão de cumim, explorando ao máximo todas as possibilidades de atuação em restaurante, salão e cozinha, desvendando também um pouco do universo da gastronomia que tem ligação direta nas práticas de salão. Como educador e atuante na área, acredito muito no potencial dos alunos”, ressalta o gerente de eventos e professor do curso de Cumim na EE Maria das Dores de Souza, em Juiz de Fora, Rodrigo Drummond Reis.
Também atuando na capacitação desses estudantes, o professor Rodrigo Drummond Reis aponta a necessidade de uma abordagem teórica que respeite a individualidade de cada um. Segundo ele, a formação promove a qualificação dos alunos na habilitação para a prestação de serviços, como organizar ambientes, aplicar rotinas de higienização, interpretar ordens de serviço, receber clientes, servir alimentos e bebidas e no apoio ao garçom.
“Sendo uma escola de educação especial, procuro explorar da melhor forma, respeitando individualidades e potenciais de cada aluno. A profissionalização deles vem por meio do empoderamento, de dar credibilidade e fornecer recursos necessários para a segurança das atuações. Procuro formar profissionais com espírito de liderança e éticos em suas ações. Trabalho muito sobre postura profissional e de como saber respeitar as principais diferenças da diversidade e da metodologia de trabalhos em grupos”, conta o professor Rodrigo.
Crédito das imagens: SEE / Divulgação
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