Escorpiões representam riscos à saúde humana e animal. Conheça hábitos simples que podem ajudar na prevenção e evitar acidentes

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Escorpiões representam riscos à saúde humana e animal. Conheça hábitos simples que podem ajudar na prevenção e evitar acidentes

Escorpião-amarelo é comum em períodos de chuva, perigoso principalmente a crianças e animais de estimação

Aracnídeos conhecidos dos brasileiros, os escorpiões representam um problema de saúde cada vez mais grave no Brasil. Os últimos dados anuais atualizados do Ministério da Saúde, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), correspondentes a 2021, apontam mais de 159 mil acidentes causados por escorpiões. Entre 2020 e 2022, as mortes por envenenamento no país aumentaram cerca de 76%.

A maior parte das ocorrências na América do Sul, principalmente no Brasil, é causada pelo escorpião do gênero Tityus, em sua maioria da espécie Tityus serrulatus, popularmente conhecido como escorpião-amarelo. A espécie chama atenção pelo potencial do envenenamento e pela expansão geográfica no país, favorecida por sua alta reprodução e fácil adaptação ao meio urbano. Além dele, os acidentes também podem ocorrer com o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus) e escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus).

Ativos durante todo o ano, embora com menor intensidade nas estações mais frias, os escorpiões não costumam atacar os humanos, pois não são agressivos naturalmente. No entanto, como mecanismos de defesa ao serem importunados, podem picar, além de utilizar por sobrevivência desse mesmo mecanismo para capturar suas presas.

Os principais sintomas da picada de escorpião são dor intensa, sensação de ardência ou agulhadas e inflamação no local. Nos casos mais graves, pode acarretar aumento da frequência cardíaca, suores, enjoos, dificuldade para respirar, queda de pressão. O mais indicado é procurar atendimento médico e, se possível, levar o escorpião num recipiente bem fechado, para facilitar a identificação.

Quando adultos, podem medir entre 4 e 12 centímetros de comprimento. Durante o dia, escondem-se sob pedras, tijolos, troncos ou rachaduras em pisos e paredes. Com o ajuda de suas pinças (pedipalpos) e muitas vezes de seu veneno, predam e se alimentam de diversos insetos como baratas, além de outros invertebrados e até mesmo pequenos mamíferos.

Para prevenir acidentes, alguns hábitos simples podem colaborar, como: evitar caminhar descalço, não colocar as mãos ou pés em buracos, sob pedras e troncos podres, checar calçados e roupas antes de vesti-los, não deixar roupas de cama ou lençóis pendurados ao nível do chão e sempre os sacudi-los antes de usar ou guardar, e manusear o lixo, lenha ou entulhos com cuidado, preferencialmente com luvas adequadas (luva de raspa).

Porém, evitar que esses aracnídeos se instalem e se desenvolvam não é uma tarefa simples.
Algumas medidas podem contribuir, tais como:

  • Manter jardins e quintais limpos e organizados, além da grama aparada;
  • Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção nas proximidades das casas;
  • Usar telas em ralos, pias ou tanques;
  • Vedar frestas e fendas ou buracos ao longo das paredes e pisos e até mesmos as soleiras de portas e de janelas;
  • Preservar seus predadores naturais como aves, lagartos, lagartixas e sapos.

Além das medidas que devem ser tomadas dentro de casa, a vizinhança também pode colaborar monitorando terrenos baldios, que precisam ser limpos periodicamente.

Para o controle desses aracnídeos é necessário contratar uma empresa profissional de controle de pragas com experiência na área, pois a inspeção e o diagnóstico são cruciais antes de definir a estratégia a ser adotada. Dessa forma, os métodos implementados serão personalizados de acordo com a situação específica do local, por exemplo utilizando inseticidas profissionais, além de orientar com mais criteriosidade sobre as medidas de prevenção.

“Os inseticidas são ferramentas fundamentais no manejo dos escorpiões, no entanto, devem ser utilizados com cautela, exclusivamente por profissionais ligados a instituições ou empresas especializadas. O uso amador dessa ferramenta pode, inclusive, agravar a situação e aumentar os riscos de acidentes. Sendo assim, a adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas) é de extrema importância para mitigar os problemas relacionados ao escorpionismo”, conclui Jeferson de Andrade, pesquisador da área de Desenvolvimento de Produto e Mercado da BASF.

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