Linha chilena quase provoca tragédia em Pedro Leopoldo e acende alerta sobre uso de material cortante em pipas

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O que era para ser um simples retorno para casa quase terminou em tragédia neste domingo em Pedro Leopoldo. Um morador da cidade foi surpreendido por uma linha chilena – tipo de linha cortante usada em pipas – que atingiu seu pescoço enquanto ele pilotava uma moto próximo ao bairro Portal das Acácias.

Segundo relato de uma familiar da vítima, o homem de 45 anos vinha do bairro Lagoa de Santo Antônio, após uma visita, quando foi atingido. “A linha enroscou no pescoço dele. Ele conseguiu, na hora, puxar com a mão e evitar algo pior. Mas, graças a Deus, não foi grave e não precisou de atendimento médico”, contou.

Diante do ocorrido, o Secretário Municipal de Segurança Pública, Coronel Alberto, manifestou preocupação e afirmou que a Prefeitura vai tomar providências. “Isto é muito sério. Conversarei com o nosso Jurídico e, consequentemente, com o Chefe de Gabinete, objetivando a propositura de um projeto de lei municipal tornando mais rígida a legislação local. A lei estadual não proíbe o uso dessas linhas em espaços privados, e isso precisa mudar”, disse.

Segundo o secretário, a ideia é que a nova legislação municipal preveja sanções como apreensão de materiais, multas e até responsabilidade dos proprietários de terrenos privados onde a prática ocorra. Ele também destacou a necessidade de proibir a venda de linhas chilenas e similares no município.

A família da vítima faz um apelo para que as autoridades fiscalizem com mais rigor e que os responsáveis por empinar pipas em locais inadequados sejam responsabilizados. “Do jeito que aconteceu com ele, pode acontecer com outras pessoas. Tem que ter um lugar certo pra isso. Obrigada a todos que estão se mobilizando”, disse a esposa do motociclista.

O uso de cerol e linha chilena é proibido por lei em diversos estados do Brasil, incluindo Minas Gerais, e sua fabricação, venda ou uso pode acarretar multas e apreensão dos materiais. Em alguns casos, dependendo do resultado do ato (ferimentos graves ou morte), pode haver responsabilização criminal.

A população é orientada a denunciar práticas irregulares pelo telefone da Guarda Civil Municipal ou diretamente com a Polícia Militar.